A entrada do café no Brasil aconteceu em 1727, pelo oficial português
Francisco de Mello Palheta. Ele foi enviado à Guiana Francesa pelo
governador do Pará, João da Maia da Gama, para resolver problemas de
fronteira, mas também para trazer sementes do fruto que tinha grande
valor comercial.
Assim, mudas e sementes de café foram plantadas no
Pará e dali espalhou-se o cultivo para outros estados, como Bahia, Rio
de Janeiro, Minas Gerais (ainda hoje onde há uma das principais
culturas) e São Paulo, que no final do século XIX e início do século XX
ficou conhecida como a "capital do café". Com o declínio das reservas de
ouro em Minas Gerais e das crises internacionais do mercado de açúcar,
vivemos o ciclo econômico do café no Brasil. O produto passou a ter
influência também na política do país, com a alternância de poder entre
São Paulo e Minas Gerais (notabilizada pela criação de gado leiteiro),
que ficou conhecida como "política do café-com-leite".
Até os escravos ajudaram a fazer a história do café
no Brasil, porque foram os primeiros a trabalhar nas grandes lavouras do
Rio de Janeiro, Minas Gerais e parte do Estado de São Paulo. Mas a
expansão do cultivo coincidiu com a época da abolição, o que causou
preocupações nos fazendeiros de café. Em troca do apoio à campanha
abolicionista, eles exigiram o incentivo do governo à vinda de
imigrantes europeus para o país para trabalharem na lavoura, como foi o
caso dos alemães e italianos. Hoje, o café é produzido principalmente
nas cidades de Espírito Santo do Pinhal, Franca e Garça (SP), Guaxupé e
Patrocínio (MG), Barreiras (BA), Jaguaré e São Gabriel da Palha (ES),
Londrina (PR) e Vilhena (RO).
Nenhum comentário:
Postar um comentário